O fantástico mundo de Ripley

Robert Ripley trabalhava com jornalismo esportivo. Até que ele resolveu reunir, numa charge, várias bizarrices do esporte. O editor gostou e o público também. A periodicidade das curiosidades foi aumentando assim como sua abrangência e, na mesma proporção, um estrondoso sucesso nasceu. A demanda que antes pedia uma charge por semana, agora pedia uma por dia… A fonte de inspiração é inesgotável: o homem pode ser a criação mais nobre de Deus, mas o Criador também tem suas piadas as vezes…

Ripley consolidou a marca” Believe it or Not”, que pode ser traduzida para o Português como ‘Ah… vai se lascar mentiroso!” Ser chamado de mentiroso, aliás, era elogio para ele e, para que isso se mantivesse, viajou pelo mundo reunindo as situações e personagens mais inacreditáveis. Nada melhor que um exemplo pra demonstrar o que eu quero dizer: Vejamos um cidadão de Kali-Ghat, próximo a Calecute, India. Este indivíduo ficou 10 anos ou mais sem sentar uma vez sequer. Ele tem um sistema com cordas e troncos que o possibilita apoiar as mãos e os braços. Segundo Ripley “pela cara dele, passará o resto da vida assim“.
Se você acha isso pouco, o que dizer do Hindu que passou VINTE ANOS com os dois braços erguidos acima da cabeça? Acredite se quiser!

Havia um responsável pelo uso do desodorante?

Esse tipo de coisa é inexplicável… É uma mistura de fé com insanidade. Mas tem coisa que dá pra entender. O caso de Charles Charlesworth é um deles. O inglês, natural de Staffordshire morreu de velhice. Seria normal, se ele não estivesse com 7 anos de idade quando isso aconteceu. Segundo os relatos, Charles tinha cara enrugada, cabelos e bigodes brancos, voz sibilante… ou seja, características de pessoas com 70 anos ou mais. Como isso é possível? Esta é, na verdade, uma anomalia genética que acelera o metabolismo de tal forma que um ano vivido equivale a 10…

E  que dizer das maluquices em geral? Se eu fosse você, clicaria nos links abaixo. Lá estarão as ilustrações originais do Ripley, tal qual foram publicadas na época…

Tudo isso Ripley dizia que tinha como provar. As pessoas escreviam longas cartas duvidando de tudo o que ele escrevia. Suas charges eram ansiosamente aguardadas e todo mundo queria pegá-lo em erro. Mas não conseguiram. Uma das vezes, aliás, o príprio Ripley destaca na introdução da edição que tenho:

“Sometimes a reader is blinded by the shinning countenance of truth and stambles into error. Not long ago I printed a short sentence in one of my pictures that contained all the letters of the alphabet. This is it: “John P. Brandy gave me a black walnut box of quite a small size“.

The next morning brought thirteen letters pointing out that I had left the letter “F” out of the sentence. Now, there was no mistake on my party – all the letters of the alphabet, including the letter F were in that sentence, but what a strange thing it was that thirteen readers failed to find it and that each of them thought the same letter was missing”

Ripley morreu, mas seus colaboradores continuaram a caçar histórias tão estranhas quanto as supracitadas. O Instituto Ripley talvez seja o maior depósito de esquistices e curiosidades do mundo. Vale muito uma visita.

Para terminar, nada melhor que essa imagem: um impressionante anagrama com cinco palavras. Tanto faz a direção (não vale na vertical diagonal). Você lerá NOMAD, OCANA, MADAM, ANACO ou DAMON. Impressionante:

Compre o livro e descubra outras maravilhas desse mundão cada dia mais fascinante.

Siga-me no Twitter! Dê um follow no @fwtoogood