Especial: O Pacaembu e o Sarriá

2 de Maio de 2010. Estádio do Pacaembu final do campeonato Paulista.

Julho de 82 Quartas de final da Copa do Mundo, estádio Sarriá em Sevilha, Espanha. Brasil X Italia.

O Santos, o time que joga bonito, tem habilidade, joga para frente e resgatou o futebol moleque  brasileiro. O time praiano antes da final já era visto como campeão por tudo que fez no campeonato.

O Brasil de 82. Um time mágico. Cerezo, Falcão, Socrátes e Zico.

A seleção brasileira jogava por música era vista como a campeã mundial.

A Itália com um futebol eficiente de Bruno Conte e Paolo Rossi.

O Santo André de Rodriguinho, Bruno César e Branquinho, o patinho feio.

3X2 Santo André. Curiosamente o mesmo placar que trouxe o Brasil de volta para casa naquela Copa.

O torcedor santista fica com o grito preso na garganta como ficou o torcedor brasileiro no estádio espanhol. Será que o futebol moleque perderá outra vez?

Não. Nesse dia de coincidências, os deuses do futebol resolveram fazer justiça e mostrar que é possível ganhar jogando para frente. Nada está perdido.

O Pacaembu está lá de pé. O Sarriá, já se foi. O futebol moleque brasileiro, graças a Deus, ainda não.

Parabéns Santos!! Campeão Paulista 2010!!

PS: Ao Santo André, meus parabéns, pois dignificou essa final, jogou limpo e bem.

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Opinix: A obsessão pela Libertadores

Você ai torcedor de time grande no Brasil me responda: Quanto vale um título da Libertadores??

A resposta é muito, não só em termos financeiros (apesar do valor da premiação não chegar nem perto do valor dos prêmios da Liga dos Campeões da Europa, por exemplo), mas também em termos de prestígio internacional.

E é em busca desse reconhecimento que Inter-RS, Cruzeiro, Corinthians, São Paulo e Flamengo partirão nesse ano de 2010, e para isso, se utilizam das mais variadas táticas.

O Inter jogou as primeiras quatro rodadas do campeonato gaúcho com o time C, enquanto o time titular se prepara para o clássico GRE-NAL e consequentemente para o torneio sul-americano.

O Cruzeiro começou sua batalha na quarta-feira (dia 27) na pré-libertadores enfrentando o Real Potosí(BOL) na altitude boliviana, então o time mineiro teve que usar todo aquele clichê para jogar nas alturas.

O Corinthians que vai atrás de sua GRANDE obsessão no ano de seu centenário, contratou muitos jogadores, a fim de usar o Paulistão como um “teste de luxo”.

O São Paulo se utiliza do mesmo expediente de seu rival, até na hora de mesclar os novos contratados com a sua base do ano passado nos jogos do campeonato bandeirante.

E por último, o Flamengo parece que vai se utilizar mais de seu time principal no campeonato carioca, já que a fórmula de disputa do campeonato carioca é de grupos e não em pontos corridos como no estado de São Paulo.

Mas, repito a pergunta: Essa obsessão vale de alguma coisa? Não trará desgastes para esses clubes mais para frente? Só o tempo dirá.

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Aragão marcou e validou: Gol de juiz!

José de Assis Aragão apitava um Santos X Palmeiras no Morumbi, pelo campeonato Paulista de 83. O Santos vencia por 2 a 1, até os (sem exagero) 47 do segundo tempo. Vencia mas era pressionado. O Palmeiras martelava a zaga santista incansavelmente.Escanteio para a equipe do Palmeiras. Pelo tempo, seria a última jogada. A bola cruza toda a extensão da grande área… cabeceada para o meio da área… bate rebate, confusão… jogadores se atirando ao chão em busca da pelota… a bola pipoca dentro da grande área, chegando muito próxima à pequena área… a zaga afasta mal e Jorginho, do Palmeiras, chuta cruzado. A bola ia para fora. IA. Um pé aparece no meio do trajeto, empurrando a bola para dentro da meta santista. O juiz corre para o meio campo e valida…

Mas HEY! Os jogadores santistas saem indignados, esbravejando para todos os lados, porque o pé que desviou a bola para o gol era DO PRÓPRIO JUIZ!

Final de Jogo: Palmeiras 2 X 2 Santos

O árbitro Aragão tenta se explicar: “Foi muito azar! Acontece uma coisas dessas logo comigo!” Porém, além de azar, o gol é válido. A regra diz que se a bola toca no juiz ou em algum dos assistentes, continua em jogo. O mesmo vale para a bandeirinha de córner.

Pois é.. o futebol tem dessas coisas…

Duvida? Veja o vídeo abaixo:

Texto originalmente postado por Frank Toogood no Domínio de Bola 

The Book is on the Table

O título deste post é uma cópia discarada fidedigna do programa da ESPN que trata sobre os esportes tipicamente americanos. Não vou discorrer sobre cada esporte, mas quero voltar as atenções para os torcedores.

É inacreditável o número que comparece aos estádios, se comparados com os números das platéias brasileiras. Para efeito de comparação:

O Campeonato Brasileiro Série A de 2006 teve média de público de 12.385 pessoas

Já a NFL (gastando o inglês: National Football League  ou Liga Nacional de Futebol) teve média de espectadores 67.738

 Pausa para um Ohhh coletivo.

 É claro que a condição econômica dos dois países é muito diferente, porém, é triste ver estádios tão grandes mas tão vazios. Pensar que o Morumbi já recebeu 120 mil pessoas (isso mesmo, você não leu errado… foram 120 mil) na final do Paulista de 74 e hoje recebe por volta de 15 mil (olha que chutei alto) num clássico, é situação para se sentar e refletir:

Por que?

Por que o público diminuiu tanto?

A resposta é segurança (a falta dela). Depois que gangues organizadas se fantasiaram mal e porcamente como torcidas e disseminaram a violência e o caos nos estádios, o público sumiu e a carga de ingressos vendida também.

Quarta feira tem Brasil e Equador no Maracanã. Será a volta das famílias, como se tem anuncido?

Modo emoção on

Ah como eu queria que o romantismo do futebol voltasse, as bandeiras gigantes voltassem a tremular, a trocida voltasse a chorar de alegria e pais levassem filhos aos estádios e encrustassem neles a paixão por um futebol sem violência.

Ah como eu queria que esse jogo marcasse o renascimento do futebol, o renascimento da paixão que levava o trocedor a viajar quilômetros para acompanhar o time do coração. Que lotava a Paulista, banhando-a com o suor da emoção e da alegria.

Modo emoção off

É certo que os áureos tempos das trocidas jamais voltarão (snif) pois os tempos são outros. Mas fico arrepiado de ver os estádios alemães e ingleses lotando. Será que que os estádios brasileiros voltarão a ser pelo menos 1/3 do que eram?

The book is on the table. Só nos resta pintar esse título.

Em tempo: Nesta página da Wikipédia dá pra se ter uma idéia das médias de público de cada esporte. Impressionante.