Um homem que acreditou em suas convicções até o fim da vida. É disso que trata Marighella, o guerrilheiro que incendiou o mundo. Escrito no ano passado pelo jornalista Mário Magalhães, a biografia de Carlos Marighella não foi escrita por alguém apaixonado pelo personagem. Por isso, ela é sóbria.
A obra também é fruto de um extenso trabalho jornalístico que ‘joga’ o leitor para o passado e presente sem perder o ritmo narrativo. Destaca-se também que muitas vezes,durante a leitura, a vida do líder guerrilheiro é apenas um pano de fundo para o autor contar passagens de quem viveu os horrores da ditadura militar (1964-85).
“(…) Monitorado tanto pela CIA quanto pelo KGB, Marighella manteve-se ativo por quase quarenta anos de militância, da década de 1930 à de 1960. Viveu clandestino, articulou greves e conspirou por revoluções(…)” (Contracapa)
De ponto negativo, talvez, destaca-se para quem viveu a época In Loco a falta de emoção do autor ao contar a história.
Mariguella, o guerrilheiro que incendiou o mundo, é uma “explosão” que nos prende até a última página.
Autor: Mário Magalhães, 582 páginas.
Editora: Companhia das Letras, 2012.
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